Cap.18 – A Normalização dos Equipamentos de Rega
18.1 - O que é a Normalização
A normalização é uma actividade sem objectivos lucrativos, que surge da necessidade da sociedade de intercâmbio de bens e serviços, assim como da cooperação nos campos científico, técnico, intelectual e económico.
É uma actividade pública e voluntária, coordenada através de Organismos de Normalização reconhecidos, nos quais participam todos os implicados no sector correspondente: fabricantes, utilizadores, administrações e investigadores, e mediante a qual as partes interessadas alcançam acordos voluntários, não contraditórios, que se escrevem em documentos técnicos chamados Normas, nas quais aparecem as características acordadas a cumprir por um produto, um sistema, ou um serviço.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) recomenda a utilização destas normas nas transacções comerciais.
As normas são a ferramenta fundamental para o desenvolvimento industrial e comercial de um país, já que servem como base para melhorar o projecto e fabricação dos produtos, a qualidade na gestão das empresas, a prestação de serviços, etc., e aumentam a competitividade nos mercados nacionais e internacionais. Também têm grande importância no trabalho de apoio aos consumidores e utilizadores, por servir de referência para se conhecer o nível de qualidade e segurança que se deve exigir aos produtos ou serviços que utilizam.
Graças à normalização consegue-se:
- Unificar critérios técnicos e idiomáticos
- Garantir a qualidade e segurança dos produtos ou sistemas
- Controlar eficientemente os recursos naturais
- Eliminar as barreiras comerciais
- Reduzir o grau de incerteza nos mercados
- Proteger os interesses da comunidade e dos consumidores.
Neste capítulo, para além de ser analisado o conceito de Norma, o processo de desenvolvimento, os organismos envolvidos e as normas actualmente existentes será ainda, a partir do conceito de Norma, e da informação com ela relacionada, mostrada a utilidade e importância das Normas em todo o processo de implementação de um sistema de rega, bem como fornecida informação relacionada com as diferentes fases porque passa um projecto de rega (ver Cap.19), com o objectivo de indicar o que é preciso ser conhecido, como forma de projectar, ajudar a escolher, a controlar, a gerir e a testar os diversos equipamentos e, ou sistemas de rega.
Assim, para cada produto e/ou sistema, será apresentada a informação organizada de acordo com as diferentes fases porque passa um projecto, ou seja:
Ao nível do projecto:
- Quais as Normas relacionadas com o produto e/ou sistema
- Objectivo da Norma considerada de referência
- O que a norma define, o que deve saber sobre o produto e/ou sistema quando faz o projecto
Ao nível da aquisição, instalação do equipamento:
Nesta fase do projecto que se estende desde a fase pós aprovação do projecto até ao início da exploração, abrangerá um conjunto de etapas, nomeadamente:
- O pedido de propostas
- Apresentação de propostas, sua análise e decisão sobre a proposta mais vantajosa;
- Aquisição;
- Execução, fase extremamente importante dado tratar-se da concretização no terreno do projecto. Nesta fase é decisivo proceder à fiscalização da obra para assegurar que o executado está de acordo com o que foi projectado e contratado ao fornecedor do sistema de rega;
- Avaliação do desempenho do sistema de rega logo a seguir à sua instalação
- No final deverá englobar ainda a instalação do sistema de gestão do perímetro de rega criado.
Nesta fase de um projecto será importante saber o que a norma define como a informação que deve acompanhar o produto e/ou sistema (catálogos), e como tal, deve ser solicitado ao fornecedor do equipamento aquando da apresentação das propostas, com o equipamento, no caso da proposta ganhadora
Ao nível da exploração do sistema de rega:
Nesta etapa adoptar-se-ão as medidas necessárias destinadas a assegurar o bom funcionamento e a exploração do projecto durante a sua vida útil ao nível da:
- Gestão da Rega
- Manutenção e conservação do sistema de rega
- Avaliação periódica do desempenho do sistema de rega
Pelo que será importante saber:
- Quais as Normas relacionadas com a avaliação do tipo de sistema
- O objectivo da Norma considerada de referência
- O que a norma define, como aplicar a metodologia definida pela norma para avaliar o sistema
Teste laboratorial do produto e/ou sistema
- Laboratórios de Testes de Equipamentos de Rega
- Qual a Norma que especifica as competências para os Laboratórios de testes e calibração
- Objectivos da Norma
- Qual a Norma que configura o Laboratório
- Objectivo das Normas de testes dos equipamentos
- Quais as Normas que especificam as metodologias a usar para testar o /ou sistema
- Objectivos da Norma
Referência às metodologias e ao tipo de testes que deverão ser realizados
ÍNDICE
18 – A Normalização dos Equipamentos de Rega
18.1 - O que é a Normalização
18.2 - Objectivos da Normalização
18.3 - Organismos de Normalização
18.4 - Quem faz as Normas?
18.5 - O que são as Normas?
18.6 - Como se elabora uma norma?
18.7 – A quem interessam as Normas?
18.8 - Actividades relacionadas com a Normalização
18.9 – Normas existentes referentes aos equipamentos e sistemas de rega
18.10 – Aplicabilidade das Normas
18.10.1 – Considerações gerais
18.10.2 – Ligação entre as Normas e o regadio ao longo das diversas fases
18.10.2.1 - Projecto
18.10.2.1.1 - Aspersores
18.10.2.1.2 - Gotejadores, tubos emissores, fitas e acessórios de rega gota-a-gota
18.10.2.1.3 - “Sprays”
18.10.2.1.4 - Válvulas
18.10.2.1.4.1 - Válvulas volumétricas
18.10.2.1.4.2 – Pequenas válvulas de plástico operadas manualmente
18.10.2.1.4.3 - Válvulas de rega – (válvulas de isolamento, válvulas de retenção, ventosas, e válvulas de controlo)
18.10.2.1.4.4 - Válvulas de rega – (perda de carga)
18.10.2.1.5 - Filtros para rega localizada
18.10.2.1.6 - Ventosas
18.10.2.1.7 - Reguladores de pressão
18.10.2.1.8 - Válvulas de retenção
18.10.2.1.9 - Injectores de fertilizantes
18.10.2.1.10 – Cabeçais de rega
18.10.2.1.11 - Medidores de água de rega
18.10.2.1.12 - Cabos e equipamento eléctrico para máquinas de rega de accionamento eléctrico
18.10.2.1.13 – Manómetros de Bourdon
18.10.2.1.14 - Intensidade de rega
18.10.2.1.15 - Sistemas de Rega
18.10.2.1.15.1 – Sistemas de cobertura total
18.10.2.1.15.2 – Enroladores
18.10.2.1.15.3 – Pivots e laterais-móveis
18.10.2.1.15.4 – Hidrantes
18.10.2.1.16 – Símbolos gráficos a usar no dimensionamento da rega sob pressão
18.10.2.2 – Aquisição, Instalação do equipamento
18.10.2.2.1 – Aspersores
18.10.2.2.2 – Gotejadores
18.10.2.2.3 – “Sprays”
18.10.2.2.4 – Válvulas volumétricas
18.10.2.2.4.1 – Considerações gerais
18.10.2.2.4.2 – Pequenas válvulas de plástico operadas manualmente
18.10.2.2.5 – Válvulas de rega (válvulas de isolamento, válvulas de retenção, ventosas, e válvulas de controle)
18.10.2.2.6 – Filtros para rega localizada
18.10.2.2.6.1 - Filtros de malha e disco
18.10.2.2.6.2 – Sistema de filtragem automática dos filtros de malha e disco
18.10.2.2.7 - Ventosas
18.10.2.2.8 - Reguladores de pressão
18.10.2.2.9 - Válvulas de retenção
18.10.2.2.10 - Injectores de fertilizantes
18.10.2.2.11 – Cabeçais de rega
18.10.2.2.12 - Medidores volumétricos de água
18.10.2.2.13 - Cabos e equipamento eléctrico para máquinas de rega de accionamento eléctrico
18.10.2.2.14 - Tubagem usadas nos laterais de rega
18.10.2.2.14.1 – Tubos de polietileno - PE
18.10.2.2.14.2 – Tubos de alumínio
18.10.2.2.14.3 – Tubos de PVC de baixa pressão usados à superfície em rega por gravidade
18.10.2.2.14.4 – Tubos móveis com ligações rápidas
18.10.2.1.15 – Manómetros de Bourdon
18.10.2.2.16 - Intensidade de rega
18.10.2.2.17 – Sistemas de rega
18.10.2.2.17.1 – Enroladores
18.10.2.2.17.2 – Pivots e laterais-móveis
18.10.2.2.17.3 – Hidrantes
18.10.2.3 – Exploração do Sistema de Rega
18.10.2.3.1 – Avaliação dos sistemas de cobertura total
18.10.2.3.2 - Avaliação de Enroladores
18.10.2.3.3 - Avaliação de pivots e laterais móveis
18.10.2.4 – Teste dos Equipamentos
18.10.2.4.1 – Considerações gerais
18.10.2.4.2 - Laboratórios de testes de equipamentos de rega
18.10.2.4.3 - Aspersores
18.10.2.4.4 - Gotejadores, tubos emissores, fitas e acessórios de rega gota-a-gota
18.10.2.4.5 – “Sprays”
18.10.2.4.6 – Válvulas volumétricas
18.10.2.4.7 – Pequenas válvulas de plástico operadas manualmente
18.10.2.4.8 – Válvulas de rega
18.10.2.4.9 – Filtros de malha e discos
18.10.2.4.9.1 – Considerações gerais
18.10.2.4.9.2 – Sistema de lavagem automática dos filtros de malha e discos
18.10.2.1.10 - Ventosas
18.10.2.1.11 - Reguladores de pressão
18.10.2.1.12 - Válvulas de Retenção
18.10.2.4.13 - Injectores de fertilizantes
18.10.2.4.14– Cabeçais de rega
18.10.2.4.15- Medidores de água de rega
18.10.2.4.16– Manómetros de Bourdon
18.10.2.4.17 - Tubagem usadas nos laterais de rega
18.10.2.4.17.1 – Tubos de polietileno - PE
18.10.2.4.17.2 – Tubos de alumínio
18.10.2.4.17.3 – Tubos móveis com ligações rápidas
18.10.2.4.17.4 – Tubos de PVC de baixa pressão usados à superfície em rega por gravidade
18.10.2.4.17.5 – Acessórios de ligação e controlo a usar em sistemas de rega
18.10.2.4.17.6 – Hidrantes
18.10.2.4.18 - Sistemas de Rega
18.10.2.4.18.1 – Enroladores
18.11 - Conclusões