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Cap.4 - Necessidades Água Rega

 

O principal objectivo da rega é fornecer às plantas a quantidade de  água necessária, para contrabalançar aquela que é perdida por evaporação directa do solo e por transpiração das plantas. A taxa a que essa  água é fornecida, será função das características do solo, das condições climáticas e da cultura, nomeadamente do seu estádio de desenvolvimento.

Assim, é o conhecimento da quantidade de  água a fornecer, a periodicidade e o processo de fornecimento, que condicionarão o dimensionamento da rede de rega, do sistema de armazenamento, da capacidade de bombagem, no caso em que tal se torne necessário e das necessidades em água para a agricultura, quando os utilizadores da água são múltiplos, etc.

No Cap.3, foi analisado o factor solo, no que respeita à sua capacidade de armazenamento para a  água e à forma como esta está  retida, ou seja, à maior ou menor disponibilidade que as plantas têm para suprir as suas necessidades em  água. Neste capítulo, analisar-se-ão os processos utilizados para a determinação das necessidades em água das plantas, as quais poderão ser estimadas por medição directa das variações do teor de água do solo, ou por cálculo indirecto, através de fórmulas baseadas em factores climáticos.

Caberá  aqui frisar que a determinação das necessidades em  água das plantas poderá  ser analisada em dois grandes níveis:

  • A previsão - que normalmente é feita quando se pretende implantar um regadio. Tem como principal objectivo a determinação dos consumos anuais, tendo em vista estabelecer a  área máxima regada face às disponibilidades existentes, e as necessidades no período de ponta, que permitam o dimensionamento da rede de distribuição
  • A gestão - que normalmente é feita durante a exploração duma zona regada. Tem como principal objectivo a determinação, tão exacta quanto possível, da altura e da quantidade de  água a aplicar em função dos critérios de gestão adoptados.

Embora as técnicas utilizadas nestes dois níveis de determinação sejam idênticas, o rigor será, como se compreende, diferente.

Neste capítulo, analisar-se-ão os principais meios que o utilizador tem ao seu alcance para a determinação das necessidades em  água, independentemente do nível a que trabalha.

Para isso, começar-se-á  por definir alguns conceitos importantes, fazendo posteriormente a abordagem de cada um de uma forma isolada, que permita o seu manuseamento pelo leitor menos familiarizado com estes conceitos, para finalmente, e entrando já  com o conceito de balanço da água no solo, se abordar a determinação das necessidades em água de uma forma global.

Esta abordagem final estará principalmente dirigida para o nível da previsão.

Tendo em vista o nível da gestão, voltar-se-á a este assunto no Cap.16.

ÌNDICE

4 - NECESSIDADES EM ÁGUA DE REGA..179

4.1 - Introdução.. 179

4.2 - Algumas Definições Importantes. 179

4.3 - Métodos para a Determinação da Evapotranspiração. 181

4.3.1 - Introdução. 181

4.3.2 - Métodos Directos. 181

4.3.2.1 - Depleção da Água no Solo. 181

4.3.2.1.1 - Aplicação Numérica. 182

4.3.2.2 - Lisímetros. 183

4.3.2.2.1 - Aplicação Numérica. 184

4.3.2.3 - Câmaras Portáteis de Evapotranspiração. 184

4.3.2.4 - Fluxo de seiva. 185

4.3.3 - Métodos Indirectos. 186

4.3.3.1 - Introdução. 186

4.3.3.2 - Método de Penman-Monteith. 188

4.3.3.2.1 - Equação. 188

4.3.3.2.2 - Dados. 189

4.3.3.2.2.1 - Localização. 189

4.3.3.2.2.2 – Dados climáticos. 189

4.3.3.2.2.2.1 – Declive da Curva de Pressão de Vapor - .. 189

4.3.3.2.2.2.2 - Constante psicrométrica - . 189

4.3.3.2.2.2.3 - Pressão de Vapor de Saturação – ea. 190

4.3.3.2.2.2.4 - Pressão de Vapor Real - ed. 190

4.3.3.2.2.2.5 - Défice da Pressão de Vapor - VPD.. 192

4.3.3.2.2.2.6 - Cálculo da radiação líquida e da densidade de fluxo de calor do solo  192

4.3.3.2.2.3 - Cálculo da – ETo - com variáveis meteorológicas em falta. 197

4.3.3.2.2.4 –  Qualidade dos dados meteorológicas. 198

4.3.3.2.2.5 –  Periodicidade de Cálculo da – ETo 198

4.3.3.2.3 – Aplicação Numérica. 199

4.3.3.3 - Método de Blaney-Criddle. 200

4.3.3.5 - Método da Tina Evaporimétrica. 202

4.3.3.6 - Método de Hargreaves. 205

4.3.3.6.1 - Aplicação Numérica. 206

4.3.3.7 - Outros. 206

4.3.3.7.1 - Determinação da Evapotranspiração a partir da Temperatura da Folhagem   206

4.3.3.7.2 - Atmómetro Modificado. 207

4.4 - Evapotranspiração Cultural. 208

4.4.1 - Introdução. 208

4.4.2 - Coeficientes Culturais. 208

4.4.2.1 – Considerações Gerais. 208

4.4.2.2 – Coeficientes culturais médios. 211

4.4.2.2.1 – Método de determinação. 211

4.4.2.2.2 - Ajustamento climático dos - Kc 213

4.4.2.2.3 – Aplicação numérica. 220

4.4.2.3 – Coeficientes culturais basais. 221

4.4.2.4 - Coeficiente de deficiência de  água no solo – Ks 222

4.4.2.4.1 – Em condições de conforto hídrico. 222

4.4.2.4.2 – Em condições de défice hídrico. 223

4.4.2.4.3 – Em condições de salinidade. 223

4.4.2.4.4 - Aplicação numérica. 225

4.4.2.5 - Coeficiente de evaporação de  água no solo - Ke 226

4.4.2.5.1 – Introdução. 226

4.4.2.5.2 – Determinação de – Kcmax 227

4.4.2.5.3 – Determinação de – Kτ 228

4.4.2.5.4 - Determinação da fracção de solo humedecida - Ph 230

4.4.2.5.5 - Aplicação numérica. 232

4.4.2.6 - Ajustamento dos coeficientes culturais em função da gestão da cultura. 234

4.4.2.7 – Conclusão. 235

4.4.3 – Cálculo da Evapotranspiração Cultural - ETc 235

4.4.3.1 – Considerações gerais. 235

4.5 - Precipitação Efectiva.. 237

4.5.1 - Considerações Gerais. 237

4.5.2 - Medição da Precipitação. 237

4.5.3 – Determinação da Precipitação Efectiva. 238

4.5.4 - Aplicação Numérica. 239

4.6 - Eficiência de Rega.. 240

4.7 - Fracção de Lavagem... 243

4.7.1 - Considerações Gerais. 243

4.7.2 - Aplicação Numérica. 244

4.8 - Necessidades Globais de Água de Rega ao Nível do Perímetro   245

4.8.1 - Necessidades Globais. 245

4.8.2 - Intervalo entre Regas. 245

4.8.3 - Balanço Hídrico. 248

4.8.3.1 - Considerações Gerais. 248

4.8.3.2 – Formas de expressão da dotação de rega. 251

4.8.3.3 - Aplicação Numérica. 255

4.9 - Utilização dos Dados das Necessidades em Água de Rega no Dimensionamento da Rede de Distribuição.. 258

4.9.1 - Considerações Gerais. 258

4.9.2 - Análise de Frequência das Necessidades de Água. 259

4.9.2.1 - Considerações Gerais. 259

4.9.2.2 - Aplicação Numérica. 260

4.9.3 - Caudal de Dimensionamento. 260

4.9.3.1 - Considerações Gerais. 260

4.9.3.2 - Aplicação Numérica. 263