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Cap.17 - Salinidade e Qualidade da Água de Rega

17.1 - Considerações Gerais

A qualidade da água de rega é um problema que afecta hoje em dia todos os países do mundo, com especial relevo os que se situam nas zonas áridas a semi-áridas.

Todos os solos contêm uma certa quantidade de sais solúveis. Contudo, nem todos se podem considerar solos salinos, sendo considerados como tal, quando a quantidade de sais solúveis no solo atingem níveis que podem por em perigo o desenvolvimento das culturas. Quando tais condições estiverem presentes, poder-se-á dizer que se desenvolveram condições de salinidade.

O teor de sais solúveis no solo pode atingir níveis perigosos para determinadas culturas, enquanto, para outras, esse nível pode estar longe de ser perigoso, ou seja, o nível de salinidade está relacionado com a cultura em desenvolvimento.

O aparecimento de condições de salinidade está dependente, entre outros factores, das:

  • Características dos solos
  • Quantidade de sais solúveis presentes no solo e na água de rega
  • Composição química da água de rega
  • Tipo de cultura
  • Condições climáticas
  • Práticas culturais.

A quantidade de sais solúveis no solo é normalmente superior à da água de rega, pois que, devido ao processo de transpiração das plantas e evaporação directa do solo, os sais tendem a acumular-se no perfil de solo explorado pelas raízes.

Este fenómeno tem extrema acuidade nas zonas de clima mais árido, nas quais a evaporação e transpiração das plantas atingem valores bastante elevados, e raramente são acompanhados pela aplicação de água de boa ou razoável qualidade, em quantidade suficiente.

Nestas condições, o controlo da salinidade situa-se como um dos principais objectivos da gestão da rega, tendo em vista, por um lado, permitir manter a água no solo a um potencial que favoreça o desenvolvimento cultural, e como tal, a obtenção de produções elevadas, por outro, garantir que a qualidade da água de drenagem proveniente das áreas regadas se mantenha dentro dos limites previstos nas normas, e por outro ainda, em função dessa mesma qualidade, assegurar os meios e as medidas necessárias para garantir a filtração adequada e a protecção dos equipamentos de rega contra a corrosão.

O controlo da salinidade do solo é normalmente assegurado através de um conjunto de técnicas associadas:

  • Lavagem do solo – que favorece a remoção do excesso de sais do perfil do solo
  • Controle da toalha freática – possibilitando o rebaixamento do nível freático nos casos em que ele esteja suficientemente alto para favorecer o aumento da deposição de sais no perfil do solo
  • Uso de culturas tolerantes ao excesso de sal permitindo, mesmo para níveis bastante elevados, o aumento da produção.

Neste capítulo analisar-se-ão os principais problemas da salinidade do solo e da qualidade da água de rega, nomeadamente a sua influência no controlo da salinidade, e como principal veículo causador do entupimento dos gotejadores na rega localizada, corrosão, corrosão e incrustação das tubagens, toxicidade específica de alguns iões, etc.

ÍNDICE

17 - SALINIDADE E QUALIDADE DA ÁGUA DE REGA   1523

17.1 - Considerações Gerais   1523

17.2 - Conceitos. Unidades. Conversões   1524

17.3 - Salinidade do Solo   1529

17.3.1 - Considerações gerais. 1529

17.3.2 Distribuição geográfica dos solos salinos e sódicos. 1529

17.3.3 - Tolerância das Culturas à Salinidade. 1529

17.3.3.1 - Considerações gerais. 1529

17.3.3.2 – Aplicação Numérica. 1529

17.3.4 - Toxicidade. 1529

17.3.5 - Modificação das condições de infiltração. 1529

17.3.6 - Influência do método de rega na salinidade. 1529

17.3.7 - Controlo da Salinidade. 1529

17.3.7.1 - Introdução. 1529

17.3.7.2 - Lavagem.. 1529

17.3.7.3 - Correcção química do solo. 1529

17.3.7.4 - Drenagem e controlo da toalha freática. 1529

17.3.7.5 - Uso de culturas tolerantes. 1529

17.3.7.6 - Práticas Culturais. 1529

17.3.7.6.1 – Considerações gerais. 1529

17.3.7.6.2 – Aplicação numérica. 1529

17.3.7.7 – Diagnóstico da salinidade e sodicidade do solo. 1529

17.3.7.7.1 - Testes de campo para determinação da salinidade do solo. 1529

17.3.7.7.2 – Testes de campo para determinação da salinidade do solo. 1529

17.3.7.8 – Gestão da salinidade. 1529

17.4 – QUALIDADE DA ÁGUA DE REGA   1529

17.4.1 - Considerações gerais. 1529

17.4.2 - Composição da Água de Rega. 1529

17.4.2.1 - Introdução. 1529

17.4.2.2 - Colheita de amostras. 1529

17.4.2.3 - Resultados analíticos. 1529

17.4.3 - Classificação e adequabilidade da água de rega. 1529

17.4.3.1 – Considerações gerais. 1529

17.4.3.2 - Influência da qualidade da água de rega no entupimento dos gotejadores. 1529

17.4.3.3 - Corrosão e incrustação. 1529

17.4.3.4 – Caracterização das fontes de água abastecedoras dos pequenos regadios individuais do Alentejo  1529

17.4.4 – Práticas de gestão da rega com águas salinas. 1529

17.4.5 - Problemas relacionados com reutilização da água de rega e com a utilização de efluentes domésticos  1529

17.4.6 - Eventuais benefícios na utilização de águas salinas. 1529

17.4.7 - Aplicação numérica. 1529

17.4.8 – Equipamento. 1529