Cap.10.3 - Rega por Aspersão
10.3.1 - Conceitos Básicos
A rega por aspersão é um processo pelo qual a água é distribuída às plantas por meio de tubagem e sob pressão, fazendo-se normalmente a aplicação por pulverização dessa mesma água em pequenas gotículas à saída das mesmas através de emissores – aspersores -, antes que aquela atinja o solo/culturas sob a forma de chuva.
Um sistema de rega por aspersão é normalmente constituído por (Fig.10.3.1):
- Sistema de bombagem
O qual tem como finalidade principal elevar a água desde a fonte de captação/armazenamento/regularização, que pode ser uma albufeira, um furo, uma ribeira, um reservatório, ou outra qualquer fonte, até à origem da rede de distribuição, e, ao mesmo tempo, proporcionar a pressão necessária para que os órgãos de distribuição e pulverização da água funcionem nas condiçõesindicadas pelo fabricante.
Figura 10.3.1 – Configuração geral de um sistema de rega por aspersão
- Linha principal de distribuição
Esta componente do sistema de rega tem como finalidade transportar a água sob pressão, desde o sistema de bombagem até às linhas secundárias ou directamente aos ramais laterais.
A linha principal de distribuição pode ser fixa, ou móvel, tudo dependendo da concepção do sistema, como será visto em pontos posteriores.
- Linha Secundária de distribuição ou ramal lateral
Os ramais têm como finalidade transportar a água desde a linha principal de rega até aos aspersores, havendo, na maioria dos sistemas tradicionais, um troço de tubagem de ligação daqueles com o lateral em cada ponto de inserção - tubo porta-aspersor.
Os laterais tanto podem ser permanentes como móveis, sendo na sua maioria deste último tipo.
- Sistema de pulverização ou aspersor
Os aspersores, têm como finalidade pulverizar a água e distribuí-la sob a forma de chuva às culturas sobre as quais se encontram.
O princípio de funcionamento dos aspersores baseia-se no facto de que a pressão disponível no, ou nos orifícios de saída de cada aspersor, é convertida em velocidade, o que faz com que o jacto de saída seja decomposto em gotas de diferentes dimensões, as quais se vão espalhar sobre uma determinada área em torno do aspersor; área esta que, nos casos da inexistência de vento, ou quando este sopra com baixa intensidade, é de forma circular, enquanto em condições adversas esta forma circular tem tendência a um certo achatamento e deslocação no sentido da direcção predominante do vento.
Os aspersores mais comummente utilizados em agricultura de regadio podem ser de diversos tipos e classificados de diferentes modos.
ÍNDICE
10.3 – Rega por aspersão
10.3.1 - Conceitos Básicos
10.3.2 - Aplicabilidade
10.3.3 - Vantagens
10.3.4 - Limitações
10.3.5 - Variantes da Rega por Aspersão
10.3.5.1 - Introdução
10.3.5.2 - Ramais Porta-Aspersores
10.3.5.2.1.1 - Sistemas Permanentes
10.3.5.2.1.2 - Sistemas Móveis
10.3.5.2.1.3 - Sistemas Semi-permanentes
10.3.5.2.2 - Componentes Deste Tipo de Sistemas
10.3.5.2.2.1 - Linha de Abastecimento
10.3.5.2.2.2 - Ligações dos Tubos
10.3.5.2.2.3 - Válvulas
10.3.5.2.2.5 - Ligação do Aspersor com o Ramal
10.3.5.2.2.6 - Aspersor
10.3.5.2.2.7 - Reguladores de Pressão
10.3.5.2.2.8 - Outros Acessórios
10.3.5.2.3 - Modo de Operação
10.3.5.3 - Rega por Aspersor Automotor
10.3.5.3.1 - Considerações Gerais
10.3.5.3.2 - Aplicabilidade
10.3.5.3.2.1 - Vantagens
10.3.5.3.2.2 - Limitações
10.3.5.3.3 - Tipos de Sistemas
10.3.5.3.3.1 - Sistemas Puxados por Cabo
10.3.5.3.3.2 - Sistemas Puxados pelo Tubo de Alimentação
10.3.5.3.3.3 - Componentes do Sistema
10.3.5.3.3.3.1 - Aspersor
10.3.5.3.3.3.2 - Mecanismo Indutor de movimento
10.3.5.3.3.3.3 - Tubagem de Alimentação
10.3.5.3.4 - Modo de Operação
10.3.5.4 - Pivot
10.3.5.4.1 - Considerações Gerais
10.3.5.4.2 - Aplicabilidade
10.3.5.4.3 - Componentes do Sistema
10.3.5.4.3.1 - Aspersor
10.3.5.5 – Laterais-Móveis
10.3.5.5.1 - Considerações Gerais
10.3.5.5.2 - Componentes do Sistema
10.3.5.6 - Sistema LEPA
10.3.5.6.1 – Considerações gerais
10.3.5.6.2 - Componentes do Sistema
10.3.5.6.3 – Variantes ao Sistema LEPA
10.3.5.7 - Aspersor Gigante ou "Boom"
10.3.5.7.1 - Introdução
10.3.5.7.2 - Modo de Funcionamento
10.3.6 - Princípios Básicos de Dimensionamento
10.3.6.1 - Considerações Gerais
10.3.6.2 - Ramais Porta-Aspersores
10.3.6.2.1 - Características Gerais
10.3.6.2.2 - Escolha do Diâmetro do Ramal
10.3.6.2.2.1 - Aplicação Numérica
10.3.6.2.3 - Determinação do Número de Ramais a Trabalhar Simultaneamente
10.3.6.3 - Aspersores Automotores
10.3.6.3.1 - Características Gerais
10.3.6.3.2 - Dimensionamento
10.3.6.3.2 - Aplicação numérica
10.3.6.4 - Pivot
10.3.6.4.1 - Características Gerais
10.3.6.4.2 – Dimensionamento
10.3.6.4.3 – Aplicação numérica
10.3.6.5 - Lateral-móvel
10.3.6.5.1 - Características Gerais
10.3.6.5.2 – Dimensionamento
10.3.6.6 - Linha de Abastecimento dos Ramais
10.3.6.6.1 - Esquematização da Distribuição dos Ramais ao Longo da Linha de Abastecimento
10.3.6.6.2 - Aplicação Numérica
10.3.6.7 - Rede Primária de Rega
10.3.6.7.1 - Introdução
10.3.7 - Rede Colectiva de Distribuição
10.3.7.1 - Generalidades
10.3.7.2 - Condições Hidráulicas
10.3.7.2.1 - Grau de Liberdade
10 3.7.2.2 - Caudal de Dimensionamento
10.3.7.2.3 - Limitador de Caudal
10.3.7.2.4 - Medidores de Caudal
10.3.7.2.5 - Pressão de Dimensionamento
10.3.7.2.6 - Plano de Instalação dos Hidrantes de Rega
10.3.7.3 - Traçado da Rede de Distribuição Colectiva
10.3.7.3.1 - Características Gerais
10.3.7.3.2 - Pesquisa da solução Óptima
10.3.7.3.2.2 - Traçado a 120º
10.3.7.3.2.3 - Traçado Económico
10.3.7.3.2.4 - Exemplo de Traçado