Login

Cap.8 - Estações Elevatórias

 

As bombas são equipamentos que recebem energia mecânica, geralmente fornecida por um equipamento motriz e transformam-na em energia hidráulica, sob a forma de energia potencial de pressão e cinética.

A escolha de uma bomba para rega passa antes de mais, por uma clara definição das necessidades e objectivos da infra-estrutura onde irá ser instalada.

A bomba deverá ser vista como uma parte de um sistema hidráulico. As características da bomba e as características do sistema devem estar perfeitamente enquadradas de modo a conseguir, para além de um correcto dimensionamento da bomba, a optimização do sistema.

Naturalmente que no processo de dimensionamento de um sistema, consoante as soluções estudadas, poderão aplicar-se diferentes tipos de bombas, devendo cada uma delas ser a mais adequada a cada solução.

As diferentes soluções possíveis para um sistema devem ser comparadas de forma a encontrar o sistema mais rentável. Do mesmo modo, essa análise deverá também ser feita relativamente às bombas.

Na Fig.8.1 apresenta-se um fluxograma com as principais etapas de escolha de uma bomba.

 cap 8_1

 

Figura 8.1 - Fluxograma de escolha de uma bomba (de LEITE 2002)

A melhor solução é aquela que, no seu conjunto, apresenta o menor custo do ciclo de vida da bomba (LCC – “Life Cycle Cost”), no espaço de tempo definido como horizonte do projecto. É importante realçar que a análise da rentabilidade do sistema tem de considerar, para além do investimento inicial, o custo energético, custos de manutenção do equipamento e outros custos de exploração. A opção pela solução mais rentável representa muitas vezes um valor de investimento inicial mais elevado do que o de outras soluções menos rentáveis na sua totalidade, mas irá implicar uma redução dos custos energéticos, ou de manutenção, de tal forma que, em muitos casos, ao fim de apenas um ano, se consegue amortizar essa diferença.

Quando analisado o custo total associado ao tempo de vida de uma bomba, conclui-se que, em muitos casos, a fracção relativa aos custos energético pode chegar a 80%, enquanto o investimento inicial, à semelhança dos custos de manutenção, pode representar apenas 10 a 20% dos custos totais (LCC).

Os aspectos mencionados anteriormente, referiam-se à fase de análise do sistema, ou seja, antes da aquisição do equipamento. Imediatamente após a aquisição do equipamento, outro tipo de considerações carecem também de especial atenção, como transporte, montagem, arranque e manutenção do equipamento.

Neste capítulo, analisar-se-ão sumariamente os tipos de bombas mais utilizadas em agricultura, seja em rega seja em drenagem, as suas características mais importantes, as curvas características das mesmas e, finalmente, tecer-se-ão alguns comentários sobre a escolha do tipo de bomba, de unidade motriz e do tipo de regulação.

ÍNDICE

8 - ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS  519

8.1 - Introdução   519

8.2 - Tipos de Bombas  520

8.2.1 – Características Gerais  520

8.2.2 – Classificação das bombas  521

8.2.3 - Descrição Geral 526

8.2.3.1 - Bombas com Elementos para Elevar a Água  526

8.2.3.1.1 - Roda de Água  526

8.2.3.1.2 - Parafuso de Arquimedes  527

8.2.3.2 - Turbobombas  528

8.2.3.2.1 - Bombas Axiais  528

8.2.3.2.2 - Bombas Centrífugas  528

8.2.3.2.3 - Bombas Mistas  528

8.2.3.2.4 - Conclusões  529

8.2.3.3 - Sifões  529

8.2.3.4 - Bomba de Impulsos  530

8.3 - Elementos Base para o Cálculo e Escolha das Bombas  531

8.3.1 - Introdução  531

8.3.2 - Elementos de Base  531

8.3.2.1 - Algumas Definições Importantes  531

8.3.2.2 - Altura Manométrica Total 532

8.3.3 - Curvas Características  535

8.3.3.1 - Curva Caudal-Altura Manométrica (Q-Hm) 535

8.3.3.2 - Curva Rendimento-Caudal (η-Q) 536

8.3.3.3 - Curva Potência-Caudal (P-Q) 537

8.3.3.4 - Curva Altura de Aspiração-Caudal (NPSH-Q) 537

8.3.3.5 - Bombas em Série  539

8.3.3.6 - Bombas em Paralelo  541

8.3.3.7 - Velocidade específica  543

8.3.3.8 - Curvas características da tubagem    543

8.3.3.8.1 – Considerações gerais  543

8.3.3.9 - Variação de Velocidade  544

8.3.3.10 - Variação do Diâmetro do Impulsor  548

8.3.4 - Selecção das Bombas  549

8.3.4.1 - Turbobombas  549

8.3.4.2 - Parafuso de Arquimedes  552

8.3.4.3 - Carneiro Hidráulico  553

8.3.4.4 - Critérios de Escolha duma Bomba em Função de Casos Particulares  554

8.3.5 - Aplicação Numérica  556

8.4 - Tipos de Unidades Motrizes  559

8.4.1 - Considerações Gerais  559

8.4.2 - Motores Eléctricos  559

8.4.3 - Motores Térmicos  561

8.4.3.1 – Considerações gerais  561

8.4.3.2 - Aplicação Numérica  563

8.4.4 - Motores Eólicos - Aeromotores  564

8.4.5 - Motores Solares  565

8.5 – Análise de Custos  565

8.5.1 – Custo do Ciclo de vida de uma bomba  565

8.5.1.1 – Considerações Gerais  565

8.5.1.2 - Investimento inicial – Cic 566

8.5.1.3 - Custo de instalação e arranque – Cin 566

8.5.1.3.1 - Introdução  566

8.5.1.3.2 – Diâmetro optimizado  567

8.5.1.4 - Custo energético – Ce 572

8.5.1.4.1 - Introdução  572

8.5.1.4.2 – Energia de bombagem    574

8.5.1.4.2.1 - Introdução  574

8.5.1.4.2.2 – Custo da factura de energia  574

8.5.1.4.2.2.1 – Factor fixo  575

8.5.1.4.2.2.2 – Potência Contratada  575

8.5.1.4.2.2.2.1 – Considerações gerais  575

8.5.1.4.2.2.2.2 - Determinação da potência consumida pelo motor  576

8.5.1.4.2.2.3 - Energia activa em vazio, cheia e ponta  577

8.5.1.4.2.2.4 - Energia reactiva  578

8.5.1.5 - Custo de Operação – Co 579

8.5.1.6 - Custos de manutenção e reparações previsíveis – Cm   579

8.5.1.7 - Custo de paragens (custo de não produção) – Cs 579

8.5.1.8 - Custos ambientais – Cenv 579

8.5.1.9 - Custo de desmontagem – Cd 579

8.5.1.10 – Conclusões  580

8.6 - Concepção das Estações de Bombagem   580

8.6.1 - Considerações Gerais  580

8.6.2 - Tipos de Estações Elevatórias  581

8.6.2.1 - Considerações Gerais  581

8.6.2.2 - Tomada de Água  581

8.6.2.3 - Aspiração  585

8.6.2.3.1 - Considerações gerais  585

8.6.2.3.2 - Medidores de Nível 588

8.6.2.3.3 - Detectores de Nível 589

8.6.2.4 - Bombagem/Compressão  590

8.6.2.4.1 - Considerações gerais  590

8.6.2.4.2 - Tubagem e Acessórios  591

8.6.2.4.2.1 - Tipos Mais Utilizados  591

8.6.2.4.2.2 - Traçado da Tubagem e Acessórios  591

8.6.2.5 - Comando  592

8.6.2.5.1 - Programação  592

8.6.2.5.2 - Válvulas  592

8.6.2.5.3 - Aparelhos de Controlo  593

8.6.2.5.3.1 - Manómetros  593

8.6.2.5.3.2 - Quadros Eléctricos  594

8.6.2.6 - Regulação das Estações Elevatórias  594

8.6.2.6.1 - Considerações Gerais  594

8.6.2.6.2 - Regulação das Estações Elevatórias Atendendo às Condições de Montante  595

8.6.2.6.3 - Regulação das Estações Elevatórias Atendendo às Condições de Jusante  596

8.6.2.6.3.1 - Considerações Gerais  596

8.6.2.6.3.2 - Tipos de Regulação  597

8.6.2.6.3.2.1 - Detecção da Cota de um Plano de Água num Ponto Qualquer da Rede no Interior de um Reservatório com Superfície Livre  597

8.6.2.6.3.2.1.1 - Regulação por Reservatório Sobrelevado Colocado entre a EE e a Rede  597

8.6.2.6.3.2.1.2 - Aplicação Numérica  599

8.6.2.6.3.2.2 - Regulação por Reservatório de Extremidade  601

8.6.2.6.4 - Regulação por Detecção de Pressão no Início da Rede  601

8.6.2.6.4.1 - Aplicação numérica  603

8.6.2.6.5 - Regulação por Detecção do Caudal pedido na Estação  605

8.6.2.6.6 - Regulação por Dispositivos Particulares  606

8.6.2.6.7 - Regulação por Sobrepressores  607

8.6.2.6.8 - Regulação das Estações Alimentadas por Motores Térmicos  608

8.6.2.6.9- Escolha do tipo de Regulação  608

8.6.2.7 - Protecção das Estações Elevatórias  609

8.6.2.7.1 - Considerações Gerais  609

8.6.2.7.2 - Dispositivos de Protecção  609

8.6.2.8 - Tipos de Alimentação Eléctrica  613

8.6.2.8.1- Considerações gerais  613

8.6.2.8.2 - Cálculo de Cabos Eléctricos  615

8.6.2.8.2- Aplicação numérica  615